21-11-2014 12:20

Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicam que novembro está a ser extremamente chuvoso. Em Lisboa, entre os dias 10 e 19, caíram 150 litros por metro quadrado de precipitação. Só na quarta-feira, na estação de Gago Coutinho, foram registados 70 litros, valor próximo do habitual da soma dos 30 dias de novembro na capital, que é de 90 litros por metro quadrado.

 

A forte precipitação leva a que, no rio Tejo, a barragem do Fratel esteja no limite, com 98% da capacidade. No Alto Lindoso, o volume alcançado é de 76%, quando no ano passado se fixava nos 48%. O outono rigoroso levou a que o País tenha atingido um pico de exportação de eletricidade no dia 13 às 07h15, ao vender 2603 Megawatt para Espanha.

 

 

Com a chuva intensa e o agravamento do estado do tempo, chegam também os constrangimentos um pouco por todo o País. Em Portimão, a precipitação causou ontem estragos em três edifícios antigos, deixando sete pessoas desalojados. Duas das pessoas, uma idosa de 88 anos e o filho de 49, foram realojadas pela autarquia, enquanto uma outra família ficou em casa de amigos. Um fenómeno de ventos extremos provocou o derrube de um número significativo de árvores, próximo da Carrapateira. Na vila de Aljezur, a força da água fez saltar as tampas do saneamento nas ruas. A fachada de uma casa acabou por ruir.

 

Em Lisboa, uma das regiões mais fustigadas pelo mau tempo, o Aeroporto da Portela esteve encerrado ao tráfego aéreo durante 20 minutos. Um voo da TAP, que vinha de Luanda para Lisboa, teve de ser desviado para Faro, segundo fonte da NAV, prestador de serviço de tráfego aéreo. Ao CM, a TAP explicou que o comandante foi avisado de que não se estavam a registar movimentos na pista e, por isso, foi para Faro. Uma hora depois o avião seguiu para Lisboa e a aterragem decorreu sem incidentes.