A 24 de fevereiro, após assistir durante a madrugada ao bombardeamento de alvos em várias cidades daquela região do leste europeu, o treinador de futebol Yuriy Vernydub mostrou-se disponível no imediato para voltar à sua terra natal e alistar-se no exército.
O técnico, de 56 anos, acabara de comandar os moldavos do Sheriff na visita ao Sporting de Braga (derrota por 2-3 no desempate nas grandes penalidades, após 2-2 nas duas mãos), relativa ao ‘play-off’ de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, mas não relativizou a guerra.
Yuriy Vernydub deixou Tiraspol no dia seguinte para resgatar a sua família na Ucrânia, mas acabou por se juntar à defesa da cidade de Zaporizhzhia, sendo parte dos mais de 200 mil reservistas, entre os 18 e os 60 anos, mobilizados pelas Forças Armadas locais.
Em Kiev, está a lutar o ex-defesa do Arsenal Oleg Luzhny, de 53 anos, que se tornou no primeiro ucraniano a sagrar-se campeão inglês, em 2001/02, e interrompeu agora um percurso como treinador com funções de adjunto e interino ao serviço do Dinamo Kiev.
Com o campeonato da Ucrânia suspenso, devido à imposição da lei marcial na Ucrânia, será cada vez mais frequente ver futebolistas envolvidos em cenário de guerra, como já confirmou o internacional Viktor Kornienko, de 23 anos, vinculado ao Shakhtar Donetsk.