GUERRA NA UCRÂNIA

24-02-2022 10:46
  • António Costa: "A NATO não vai intervir na Ucrânia"

    António Costa disse esta manhã que a ação da NATO será de "dissuasão" nos países limítrofes da Ucrânia e não no país.

    O primeiro-ministro português fala da situação na Ucrânia após uma reunião com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, no Palácio de São Bento, em Lisboa.

  • há 19 minutos
    Ucrânia diz que forças russas lançaram ataque em três frentes e que há vítimas civis. Mas ataques “não diminuíram a capacidade de combate dos militares ucranianos”

    Um conselheiro presidencial ucraniano disse hoje que as forças russas lançaram um ataque à Ucrânia em três frentes, através do norte, do leste e do sul, e referiu haver vítimas civis, mas sem dar pormenores.

    “Os militares ucranianos estão a lutar muito”, garantiu o conselheiro, Mykhailo Podolyak, referindo que o exército ucraniano está a responder e “já infligiu perdas significativas ao inimigo”.

    Segundo Podolyak, “a Ucrânia precisa agora de um apoio maior e muito específico do mundo, um apoio técnico-militar, financeiro e sanções duras contra a Rússia”.

    Um outro conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou que a Rússia tem como alvo bases aéreas e várias outras infraestruturas militares, mas assegurou que o ataques “não diminuíram a capacidade de combate dos militares ucranianos”.

    O conselheiro, Oleksii Arestovich, admitiu que o país “sofreu baixas”, mas que “não são significativas”, acrescentando que as tropas russas avançaram cerca de cinco quilómetros no território ucraniano, nas regiões de Kharkiv e Chernihiv e, possivelmente, em outras áreas.

  • há 42 minutos
    A Rússia invadiu a Ucrânia. O que dizem os artigos 4.º e 5.º do Tratado do Atlântico Norte?

    A NATO, conhecida também por Aliança Atlântica, foi criada em 1949 pelo Tratado do Atlântico Norte ou Tratado de Washington, por ter sido assinado nesta cidade.

    É uma aliança política e militar que tem como objetivo salvaguardar a liberdade e a segurança dos seus membros. Portugal está desde o início na Aliança, fazendo parte do grupo dos 12 membros fundadores da NATO, assim como a Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido e os Estados Unidos da América. Neste momento, a NATO conta já com 29 aliados.

    Contudo, a Ucrânia não pertence à Aliança — mas a intenção de aderir à NATO é um dos motivos que tem vindo a fazer aumentar a tensão com a Rússia. Mas o conflito pode chegar aos membros da organização — e isso terá implicações. 

    Considerando a situação na Ucrânia, o que diz a NATO no seu tratado, em que é destacado o “desejo de viver em paz com todos os povos e com todos os Governos”?

    Segundo o Artigo 4.º, “as Partes [os membros da NATO] consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”. A Polónia, país vizinho da Ucrânia, e, por isso, com possibilidade de se ver envolvido no conflito, já pediu que este artigo seja acionado.  

    Por sua vez, o Artigo 5.º refere que “as Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas”.

    Nesse sentido, “se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte”.

    É ainda explicado no mesmo artigo que "qualquer ataque armado desta natureza e todas as providências tomadas em consequência desse ataque serão imediatamente comunicados ao Conselho de Segurança. Essas providências terminarão logo que o Conselho de Segurança tiver tomado as medidas necessárias para restaurar e manter a paz e a segurança internacionais”.

    Desde a assinatura do tratado, o Artigo 5.º foi acionado apenas uma vez: após o 11 de Setembro, já que o atentado terrorista foi considerado pelos membros da NATO como sendo um ataque aos Estados Unidos e disponibilizaram militares para defender o aliado. 

    A NATO informou que vai realizar esta manhã uma reunião de “emergência” ao nível dos embaixadores dos países membros para avaliar a invasão da Ucrânia. O anúncio foi feito pelo porta-voz da organização, que adiantou que as consequências do ataque serão discutidas no encontro. 

  • há 35 minutos
    Presidente pede ao mundo ajuda para defender país e proteger espaço aéreo

    Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano, pediu hoje aos líderes mundiais que deem ajuda à defesa da Ucrânia e protejam o espaço aéreo dos ataques russos, sublinhando que a Rússia “desencadeou uma guerra com a Ucrânia e com o mundo democrático”.

  • há 52 minutos
    Marcelo reúne-se às 10h30 com ministro da Defesa e CEMGFA em Belém

    O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se hoje às 10:30 com o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) para preparar a reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.

    De acordo com uma nota de agenda enviada hoje à comunicação social, esta "reunião de preparação do Conselho Superior de Defesa Nacional" terá lugar no Palácio de Belém.

     

  • há 1 hora
    O que se sabe até agora?
    • A Rússia lançou uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar nas primeiras horas desta quinta-feira. Trata-se do maior ataque de um estado contra outro no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45), confirmando as piores previsões do Ocidente.
    • Vladimir Putin, o presidente russo, disse que o objetivo da ação é desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia.
    • As tropas russas entraram na Ucrânia a partir da Bielorrússia, da Rússia e do território anexado da Crimeia, segundo os serviços fronteiriços ucranianos, citados pela Reuters.
    • Houve, no entanto, mísseis a chegar a várias cidades ucranianas, tendo sido ouvidas explosões perto da capital, Kiev.
    • O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou aos líderes mundiais para impor todas as sanções possíveis à Federação Russa, afirmando que Putin quer destruir o estado ucraniano.
    • A União Europeia já anunciou novas sanções, com o congelamento de ativos russos, travando o acesso dos bancos ao mercado financeiro europeu e atingindo os “interesses do Kremlin”, dizem fontes oficiais de Bruxelas, citadas pela Reuters.
    • Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden disse também que Washington e os seus aliados vão impor “sanções severas” a Moscovo.
    • Os países do centro da Europa estão já a preparar-se para receber refugiados ucranianos. Na Moldávia, foi mesmo declarado o estado de emergência, numa altura em que dezenas de veículos faziam fila na fronteira com a Ucrânia.
    • Os Estados Unidos estimam que o conflito possa gerar cinco milhões de deslocados.
    • A Rússia suspendeu a navegação comercial no mar de Azov, mantendo, contudo, os portos do Mar Negro abertos, segundo fontes citadas pela Reuters.
    • A Ucrânia entretanto pediu à Turquia para fechar os estreitos do Bósforo e Dardanelos aos navios russos.
    • Portugal tem hoje várias reuniões, em Bruxelas e em Lisboa, sobre este tema. Marcelo Rebelo de Sousa, condenou já a operação militar da Rússia no leste da Ucrânia, declarando que constitui uma "flagrante violação do direito internacional" e manifestou "total solidariedade" para com o povo ucraniano.
    • O presidente da República, que é também o Comandante Supremo das Forças Armadas, convocou para hoje uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.
    • António Costa marcou para o início da manhã de hoje uma reunião com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
  • há 1 hora
    Exército bielorrusso não está envolvido na invasão russa à Ucrânia

    O presidente de Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou que o exército do seu país, aliado da Rússia, não está envolvido na invasão da Ucrânia iniciada por Moscovo.

    "As nossas tropas não participam nesta operação", disse Lukashenko durante uma reunião com os comandantes do exército, segundo a agência Belta.

    De acordo com as autoridades ucranianas, as forças russas estão a usar o território bielorrusso para invadir a Ucrânia, uma vez que têm um contingente militar neste país há semanas.

    De acordo com Lukashenko, o presidente russo Vladimir Putin deu-lhe um "relatório detalhado sobre a situação" e disse que o objetivo era "pôr fim ao genocídio da população nas regiões de Donetsk e Lugansk".

  • há 1 hora
    Presidente ucraniano pede "que sejam infligidas o maior número de baixas ao agressor"

    O presidente da Ucrânia ordenou às tropas de Kiev para infligirem o maior número de baixas às forças russas que invadiram hoje o país, disse o comandante das Forças Armadas ucranianas, general Valery Zalouzhni.

    "O comandante supremo das Forças Armadas [presidente Volodimir Zelenski] ordenou que sejam infligidas o maior número de baixas ao agressor", indicou o general Zalouzhni através de uma mensagem difundida através da rede digital Facebook.

  • há 1 hora
    Um mapa dos ataques conhecidos em território ucraniano até ao momento
  • há 1 hora
    Boris Johnson garante ao presidente ucraniano que aliados não ficarão parados

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu hoje ao Presidente ucraniano que os aliados ocidentais não ficarão parados enquanto a Rússia ataca a Ucrânia.

    Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro britânico, numa conversa telefónica ao início da manhã de hoje, Boris Johnson disse ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que está chocado com os últimos desenvolvimentos na Ucrânia.

    “O primeiro-ministro disse que o Ocidente não ficaria parado enquanto o presidente Putin fazia a sua campanha contra o povo ucraniano”, revelou o gabinete.

    Boris Johnson acrescentou que a Ucrânia está nos pensamentos de todos no Reino Unido “durante este período sombrio”.

    (LUSA)

  • há 2 horas
    Governo ucraniano reunido de emergência

    O Governo ucraniano revelou nas redes sociais que se reuniu de urgência na sequência da operação militar lançada pela Rússia durante a noite. O encontro envolveu representantes da Defesa e Economia.

  • há 2 horas
    Embaixadores dos 27 já discutem em Bruxelas novas sanções à Rússia

    Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia (UE) estão reunidos em Bruxelas, para discutir a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia e preparar o Conselho Europeu extraordinário de hoje à noite, com novas sanções sobre a mesa.

    A presidência francesa do Conselho da UE anunciou, na sua conta oficial na rede social Twitter, que o Comité de Representantes Permanentes (Coreper) está reunido desde as 09:00 locais, 08:00 de Lisboa, para “fazer o ponto de situação em matéria de segurança no leste da Europa” e “preparar a reunião extraordinária do Conselho Europeu desta noite”.

    A cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE, com início agendado para as 20:00 de Bruxelas (19:00 de Lisboa), foi convocada de urgência na quarta-feira pelo presidente do Conselho Europeu, mas ainda antes de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada de madrugada.

    Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, deverão assim discutir a adoção de um novo pacote de sanções da UE à Rússia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já prometeu hoje de manhã que serão “pesadas”.

    “Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz e responsabilizaremos o Presidente Putin por isso, pelo que, ainda hoje, apresentaremos um pacote de sanções pesadas e direcionadas aos líderes europeus”, anunciou Ursula von der Leyen.

    Numa curta declaração à imprensa em Bruxelas, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.

    “Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus”, visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, “afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra”, explicou.

    E avisou: “Não deixaremos que o Presidente Putin derrube a arquitetura de segurança que lhe tem dado paz e estabilidade ao longo de muitas décadas. Não permitiremos que o Presidente Putin substitua o lugar, o Estado de direito, pelo Estado de força, e a impiedade e ele não deve subestimar o resultado, e a força das nossas democracias”.

    “Sabemos que milhões de russos não querem a guerra e o Presidente Putin está a tentar fazer o relógio voltar aos tempos do Império Russo, mas ao fazê-lo, está a pôr em risco o futuro do povo russo”, condenou ainda Ursula von der Leyen, exortando o Kremlin (Presidência russa) a “parar imediatamente a violência e retire as suas tropas do território da Ucrânia”.

    Também falando na ocasião, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, apontou que esta escalada de tensões são “as horas mais dolorosas para a Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial”.

    (LUSA)

  • há 2 horas
    Que zonas da Ucrânia é que foram atacadas pela Rússia?

    De acordo com os relatos veiculados pelas Reuters, as tropas russas terão atacado bases militares. Nos media e nas redes sociais denuncia-se também um ataque ao aeroporto Ivano-Frankivsk, localizado na capital. Há a circular nas redes sociais imagens deste último local a ser bombardeado.

    Há relatos de ataques nos centros de comando militar de Kiev e Kharkiv, no nordeste do país, que foram bombardeados, enquanto as tropas russas desembarcaram nas cidades portuárias do sul de Odessa e Mariupol.

    Segundo o Kyiv Post, uma publicação ucraniana, que cita um comunicado do Ministério da Defesa russo, "a infraestrutura militar nas bases aéreas do exército ucraniano ficou fora de ação",tendo os sistemas de defesa aérea de Kiev sido "eliminados".

     

    URGENT: Russia says destroyed Ukraine airbases, air defenses
    "Military infrastructure at Ukrainian army air bases has been rendered out of action," the defense ministry said in a statement carried by news agencies, which added that Kyiv's air defense systems were "eliminated".

    — KyivPost (@KyivPost) February 24, 2022
  • há 2 horas
    Longas filas de automóveis nos postos de abastecimentos de combustíveis e para levantar dinheiro, em Kiev, capital da Ucrânia

    GENYA SAVILOV / AFP

    GENYA SAVILOV / AFP

    Daniel LEAL / AFP

    Daniel LEAL / AFP

  • há 2 horas
    Von der Leyen promete sanções pesadas e avisa Putin para “não subestimar” UE

    “Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz e responsabilizaremos o Presidente Putin por isso, pelo que, ainda hoje, apresentaremos um pacote de sanções pesadas e direcionadas aos líderes europeus”, anunciou Ursula von der Leyen.

    Numa curta declaração à imprensa em Bruxelas, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.

    “Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus”, visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, “afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra”, explicou.

    E avisou: “Não deixaremos que o Presidente Putin derrube a arquitetura de segurança que lhe tem dado paz e estabilidade ao longo de muitas décadas. Não permitiremos que o Presidente Putin substitua o lugar, o Estado de direito, pelo Estado de força, e a impiedade e ele não deve subestimar o resultado, e a força das nossas democracias”.

    “Sabemos que milhões de russos não querem a guerra e o Presidente Putin está a tentar fazer o relógio voltar aos tempos do Império Russo, mas ao fazê-lo, está a pôr em risco o futuro do povo russo”, condenou ainda Ursula von der Leyen, exortando o Kremlin (Presidência russa) a “parar imediatamente a violência e retire as suas tropas do território da Ucrânia”.

  • há 2 horas
    Marcelo Rebelo de Sousa condena "flagrante violação do direito internacional"

    O Presidente da República condenou a operação militar da Rússia no leste da Ucrânia, declarando que constitui uma "flagrante violação do direito internacional" e manifestou "total solidariedade" para com o povo ucraniano.

    Esta posição do chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, que convocou para hoje uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, consta de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

    "O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia", lê-se na nota.

  • há 2 horas
    Polónia pede à NATO para acionar o artigo 4 do tratado

    O governo da Polónia disse hoje que pediu à NATO para acionar o artigo 4 do tratado da aliança que prevê consultas em caso de ameaça à segurança de um dos parceiros, face ao ataque das forças russas contra a Ucrânia.

    "Há pouco, o embaixador [da Polónia] em Bruxelas submeteu o pedido ao secretário-geral da NATO" disse o porta-voz do governo polaco Piotr Muller.

    O presidente polaco Andrzej Duda convocou hoje uma reunião entre o governo e os comandantes militares e responsáveis de diferentes serviços públicos.

  • há 2 horas
    Pelo menos oito mortos e 11 feridos nas primeiras horas

    A Ucrânia relata pelo menos oito mortes e mais de uma dezena de feridos nas primeiras horas da invasão russa ao país, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko.

    "Uma mulher e uma criança ficaram feridas na região de Konopot, onde um carro se incendiou. Na cidade de Podolsk, na região de Odessa, há sete mortos, sete feridos e 19 desaparecidos como resultado do bombardeio. Na cidade de Mariupol, região de Donetsk, há um morto e dois feridos", relatou o responsável, na plataforma Telegram.

    A mesma informação já tinha sido avançada pela Agência Reuters.

  • há 2 horas

    A embaixada de Portugal na Ucrânia aconselhou hoje os cidadãos portugueses a sair do país através das fronteiras terrestres com a União Europeia, de preferência na direção da Polónia e da Roménia.

    COMUNICADO NA ÍNTEGRA

    Aconselhamos os cidadãos portugueses a que saiam da Ucrânia através das fronteiras terrestres com a União Europeia, preferencialmente na direção da Polónia e da Roménia. Em caso de necessidade, existem os seguintes dois pontos de concentração organizados pela Embaixada que poderão ser utilizados:

    Local 1:Rivne

        Morada: FAPOMED - Vulytsya Ostroz’koho 46, Hoshcha 35400, RIVNE

    COORDENADAS

    50°36'40.2"N 26°40'40.4"E

    Local 2: Khmelnytskyi

        Morada: HOTEL TAMERLAN - Estrada Nizhnia Bierieghova 2, Khmelnytskyi, 29000, Ucrânia

    COORDENADAS

    49°26'23.3"N 26°58'16.9"E

    Será aconselhável transportar consigo água, alimentação, agasalhos e combustível de reserva caso se desloque em viatura própria. Igualmente deve ter consigo os seus documentos de identificação e viagem.

    Informa-se que os telefones alternativos de contacto para emergência/evacuação são:

    +380 981 769 334

    +881 632 560 794.

  • há 3 horas
    NATO convoca reunião de emergência para avaliar situação

     A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai realizar hoje de manhã uma reunião de “emergência” ao nível dos embaixadores dos países membros para avaliar a invasão da Ucrânia.

    O anúncio foi feito pelo porta-voz da NATO, que adiantou que as consequências do ataque serão discutidas na reunião.

    O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, está "a acompanhar a situação de perto" e dará "uma conferência de imprensa após a reunião", disse.

    Stoltenber já tinha condenado fortemente o ataque "imprudente e não provocado" da Rússia à Ucrânia, que considera pôr em risco "incontáveis vidas de civis", e lamentou que Moscovo tenha escolhido o "caminho da agressão".

    O secretário-geral observou que "mais uma vez, apesar das repetidas advertências e incansáveis esforços para exercer a diplomacia", a Rússia "escolheu o caminho da agressão contra um país soberano e independente".
    "É uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica", alertou.

    Por todas essas razões, pediu à Rússia "que cesse imediatamente a sua ação militar e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", que é parceira, mas não membro da NATO.

    Stoltenberg assegurou que a organização "fará todo o que for necessário para proteger e defender os aliados".

  • há 3 horas
    Macron condena "firmemente" ataque russo à Ucrânia

    La France condamne fermement la décision de la Russie de faire la guerre à l’Ukraine. La Russie doit mettre immédiatement fin à ses opérations militaires.

    — Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 24, 2022
  • há 3 horas
    Alemanha diz que ataque russo é "flagrante violação do direito internacional"

    O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou hoje o ataque russo à Ucrânia, que descreveu como uma "flagrante violação do direito internacional" que "não pode ser justificada em circunstância alguma".

    "A Alemanha condena nos termos mais fortes este ato irrefletido do Presidente Putin", acrescentou, expressando ainda solidariedade com "a Ucrânia e as pessoas que lá vivem".

    "A Rússia deve cessar imediatamente esta ação militar", disse o chanceler, que classificou dia de hoje como "terrível para a Ucrânia e um dia negro para a Europa".

    Scholz acrescentou que a questão seria discutida na reunião virtual dos líderes do G7 marcada para hoje e também no quadro da NATO e da União Europeia (UE).

    Entretanto, o vice-chanceler e ministro da Economia e Energia alemão, Robert Habeck, advertiu que o ataque teria "graves consequências políticas e económicas" para a Rússia, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu ministério.

    "Este dia é um ponto de viragem para a Europa e para o mundo", disse Habeck, observando que "o impensável" aconteceu e que uma guerra de terras eclodiu na Europa. "[Algo que] pensávamos que pertencia aos livros de história", afirmou.

    "É uma violação descarada do direito internacional", acrescentou o governante, que lamentou que a agressão tivesse sido "gerada conscientemente" e resulte em "sofrimento para muitas pessoas".

  • há 3 horas
    China defende que ainda é possível solução pacífica para conflito

    "A China acredita que a porta para uma solução pacífica da crise ucraniana ainda não foi completamente fechada, e não deve ser fechada. Saudamos todos os esforços que possam ajudar a resolver isto através dos canais diplomáticos", disse o embaixador chinês nas Nações Unidas, Zhang Jun, durante uma reunião do Conselho de Segurança, segundo um comunicado da missão diplomática na ONU.

    Segundo Zhang, "a situação está num momento crucial", mas todas as partes envolvidas devem "exercer contenção" e "evitar uma nova escalada de tensões".

    "Mencionámos muitas vezes que esta é uma questão com um contexto histórico complexo e que a situação atual é o resultado de muitos fatores", continuou.

    O embaixador disse que a posição da China sobre "a salvaguarda da soberania e integridade territorial dos Estados" sempre foi "consistente".

    "Os princípios da Carta das Nações Unidas devem ser defendidos conjuntamente. Esperemos que as partes sejam racionais e se empenhem no diálogo e na consulta para resolver a crise", acrescentou.

    Zhang disse que "as legítimas preocupações de segurança de todos devem ser tidas em conta, mas é especialmente importante não acrescentar combustível ao fogo. A China continuará a promover negociações de paz à sua própria maneira, e apoia quaisquer esforços que conduzam a uma solução diplomática".

  • há 3 horas
    Barril de brent ultrapassou os 100 dólares

    O preço do barril de petróleo brent para entrega em abril subiu hoje acima dos 102 dólares, o valor mais alto desde julho de 2014. O petróleo Brent atingiu o pico de 102,48 dólares.
    A subida do preço dá-se no dia em que a Rússia iniciou uma ofensiva na Ucrânia.

  • há 3 horas
    Presidente do Parlamento Europeu condena "ataque injustificado"

    We strongly condemn Russia´s unjustified attack on #Ukraine.

    In these dark hours, our thoughts are with Ukraine and the innocent women, men and children as they face this unprovoked attack and fear for their lives.

    We will hold the Kremlin accountable.

    — Roberta Metsola (@EP_President) February 24, 2022
  • há 3 horas
    Kiev diz que militares bielorrussos participam na operação russa

     O serviço de fronteiras da Ucrânia denunciou o apoio de soldados bielorrussos à Rússia em ataques de artilharia, equipamento pesado e armas de fogo lançados hoje contra a Ucrânia, a partir da Bielorrússia.

    "Aproximadamente às 05:00 (03:00 em Lisboa), a fronteira do Estado da Ucrânia na área perto da Federação Russa e da República da Bielorrússia foi atacada por tropas russas com o apoio da Bielorrússia", disse o serviço, numa publicação na rede social Facebook.

    A Bielorrússia acolheu dezenas de milhares de tropas russas para a realização de manobras militares conjuntas, que deviam ter terminado no domingo. Mas o Governo bielorrusso anunciou que os exercícios iam continuar, sem indicar uma data para terminarem.

  • há 3 horas
    Marcelo convoca Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12:00

    "Estando a acompanhar o que se passa no leste europeu, em permanente contacto com o senhor primeiro-ministro, entendi dever imediatamente convocar o Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12:00 de hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, realizando-se a sessão presencialmente para todos os senhores conselheiros que possam comparecer, mas também por videoconferência para aqueles cuja participação presencial não seja possível", declarou Marcelo Rebelo de Sousa à agência Lusa.

    O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas acrescentou: "Era essa a imediata resposta que se impunha, em função do acompanhamento feito em conjunto com o senhor primeiro-ministro e daquilo que era a posição e a solicitação também do Governo, correspondendo à visão que tinha e que tenho da situação vivida".

    "Não queria deixar de dizer aos portugueses que aqueles que são responsáveis por força do seu voto estão não só atentos como na disposição de atuar de forma a estar à altura das circunstâncias, no quadro da ordem constitucional, da estabilidade e da resposta que essas circunstâncias possam determinar", disse ainda o Presidente da República.

  • há 3 horas
    Santos Silva pede a portugueses na Ucrânia que aguardem indicações da embaixada

    O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recomendou esta madrugada aos portugueses residentes na Ucrânia que se protejam e fiquem a aguardar as indicações da embaixada.

    À RTP, Santos Silva revelou que já falou com o embaixador português na Ucrânia e exprimiu a solidariedade de Portugal com o povo ucraniano, apelando depois aos cidadãos portugueses e luso-ucranianos que ali se encontrem que se mantenham "vigilantes e se protejam e aguardem indicações da nossa embaixada".

    Estarão na Ucrânia cerca de 40 portugueses e de 120 cidadãos luso-ucranianos registado e cujo paradeiro é conhecido da embaixada de Portugal, revelou o ministro.

    Santos Silva reconheceu que ainda não está a par de pedidos de retirada, remetendo "para as próximas horas" outra reação.

    "Estamos já a concertar com os parceiros a avaliação da dimensão desta operação e depois naturalmente a reação a ela", acrescentou. O Ministro dos Negócios Estrangeiros espera uma "reação firme" dos aliados na próxima reunião da NATO marcada para esta manhã.

  • há 4 horas
    Ursula von der Leyen condena "ataque injustificado"

    "Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas escuras, os nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as suas inocentes mulheres, homens e crianças que enfrentam este ataque não provocado e temem pelas suas vidas", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

  • há 4 horas
    Boris Johnson diz que Putin "escolheu o caminho do derramamento de sangue"
  • há 4 horas
    O som das sirenes alerta população da capital ucraniana, Kiev

    VIDEO: Independence Square in Kyiv as air raid sirens sound off.

    Russian President Vladimir Putin announced a military operation in Ukraine on Thursday with explosions heard soon after across the country pic.twitter.com/SB0ALksrCE

    — AFP News Agency (@AFP) February 24, 2022
  • há 4 horas
    Líderes da UE discutem hoje escalada em cimeira de urgência em Bruxelas

    A cimeira extraordinária, presencial, tem início agendado para as 20:00 de Bruxelas (19:00 de Lisboa).

    “O uso da força e da coerção para mudar fronteiras não tem lugar no século XXI. Convoco um Conselho Europeu especial para amanhã [quinta-feira] em Bruxelas para discutir os últimos desenvolvimentos relacionados com a Ucrânia e a Rússia”, escreveu Charles Michel, na sua conta oficial na rede social Twitter, ao anunciar na quarta-feira a realização da cimeira.

  • há 4 horas
    António Costa convoca "reunião urgente" do Conselho Superior de Defesa Nacional

    “Condeno veementemente a ação militar da Rússia à Ucrânia. Irei reunir com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional”, escreveu António Costa na sua conta na rede social Twitter.

    Na mesma mensagem, António Costa acrescenta que os seus pensamentos “estão com o povo ucraniano perante este ataque injustificado e lamentável”.

  • há 4 horas
    Zelensky declara lei marcial na Ucrânia

    Zelensky impôs a lei marcial em todo o território e apelou aos ucranianos para evitarem “o pânico” e confiar na capacidade do exército da Ucrânia para defender o país.

    Entretanto a Ucrânia anunciou também o encerramento do espaço aéreo ucraniano para a aviação civil. Num comunicado, o ministério ucraniano das Infraestruturas justificou a decisão invocando “um elevado risco para a segurança” da aviação civil.

     

  • há 4 horas
    Guterres apela a Putin que retire tropas "em nome da Humanidade"

    O secretário-geral das Nações Unidas disse que o ataque da Rússia à Ucrânia foi "o momento mais triste" dos seus cinco anos de mandato e apelou ao Presidente russo a retirar as suas tropas.

    O português António Guterres abriu a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no final da quarta-feira a apelar urgentemente ao Presidente russo: "Em nome da Humanidade, faça regressar as suas tropas à Rússia".

    Mas, durante a reunião, Vladimir Putin anunciou que iria lançar uma "operação militar especial" no leste da Ucrânia.

    O líder da ONU instou mais tarde Putin a retirar as suas tropas e acrescentou: "Em nome da humanidade, não permita que se inicie na Europa aquela que poderá ser a pior guerra desde o início do século, com consequências não só devastadoras para a Ucrânia, não só trágicas para a Federação Russa, mas com um impacto que nem sequer podemos prever em relação às consequências para a economia global".

  • há 4 horas
    Joe Biden fala em "ataque injustificado" da Rússia à Ucrânia

    "O presidente Putin escolheu (iniciar) uma guerra premeditada que causará perdas e sofrimento humanos catastróficos", disse Joe Biden em comunicado. A Rússia "é responsável pela morte e destruição que este ataque causará".

    Biden apresentará ainda nesta quinta-feira as "consequências" para a Rússia do que considera um "ataque injustificado", anunciou em comunicado, no qual também especificou que se reunirá com os seus colegas do G7.

  • há 4 horas
    Exército russo confirma início de bombardeamentos

    O exército russo confirmou hoje o início do bombardeamento de território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.

    Num comunicado citado pela agência noticiosa estatal russa TASS, o ministério russo da Defesa disse que está a usar “armas de alta precisão” para inutilizar a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”.

    Segundo agências noticiosas russas, foram cancelados todos os voos com destino ou com partida dos aeroportos de Rostov-sur-le-Don, Krasnodar, Sotchi e Anapa, todos situados no sul da Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia ou junto ao Mar Negro.

    Vladimir Putin justificou a operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Lugansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira.

    "Tomei a decisão de iniciar uma operação militar especial", declarou Putin numa mensagem de surpresa transmitida pouco antes das 03:00 da manhã.

    Na mensagem, o presidente russo pediu aos militares ucranianos que "deponham as armas", prometendo que poderão deixar com segurança a zona de combate se o fizerem.

    Qualquer tentativa por parte de outros países de interferir na operação militar levará a “consequências que eles nunca viram”, avisou o líder russo.

    De acordo com a agência Reuters, Putin também já fez saber que os embates entre as forças ucranianas e russas "são inevitáveis" e apenas "uma questão de tempo".

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