INVASÃO DA UCRÂNIA: REAÇÕES
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há 8 minutosMarcelo diz que “passo que foi dado” pela Rússia “fala por si”
O Presidente da República disse hoje que “o passo que foi dado” pela Rússia, ao reconhecer duas regiões controladas por separatistas em território ucraniano, “fala por si”, mas reservou mais comentários para depois do anúncio de sanções pela UE.
“A situação fala por si, o passo que foi dado fala por si, e a reação também falou por si, ao apontar, por um lado, o que havia de violação clara dos Acordos de Minsk e, por outro lado, de questionar a integridade territorial da Ucrânia”, declarou o chefe de Estado, que se encontra de visita a Haia, Países Baixos.
Questionado sobre a reação da União Europeia e a posição de Portugal relativamente a sanções dirigidas a Moscovo, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a “antecipar aquilo que são decisões a serem tomadas e cenários subsequentes a essas decisões”, afirmando ser necessário “esperar pelas deliberações europeias”, que deverão ser anunciadas hoje ao final do dia após um encontro informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Paris.
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há 17 minutosGás natural sobe 7% para 77 euros por MWh
O gás natural TTF (Title Transfer Facility) para entrega em março subiu hoje 7% no mercado holandês cerca das 9:30 em Lisboa, para 77 euros por megawatt hora (MWh), devido às tensões crescentes entre a Rússia e a Ucrânia.
Esta matéria-prima, que na segunda-feira fechou a 71,85 euros, esteve perto dos 80 euros nos primeiros minutos da sessão de hoje.
A subida de hoje reflete a decisão de Vladimir Putin de reconhecer as autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk na Ucrânia oriental, que desencadeou a rejeição internacional e o anúncio de sanções por parte das potências ocidentais.
Após os máximos históricos no final de 2021, o gás natural não atingiu 100 euros por MWh em qualquer ocasião desde o início do ano, embora os preços atuais sejam quase quatro vezes o preço de 19,3 euros por MWh que custava há um ano.
O elevado preço do gás natural, juntamente com o aumento dos custos de emissão de dióxido de carbono (CO2), é a causa da subida dos preços da eletricidade nos mercados grossistas em toda a Europa.
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há 20 minutosPutin “quebrou completamente o direito internacional”. Reino Unido anuncia hoje primeiro pacote de sanções contra a Rússia
O Reino Unido vai anunciar hoje um primeiro pacote de sanções económicas contra Moscovo, por ter reconhecido a independência das regiões separatistas na Ucrânia, e outras se seguirão “em caso de invasão”, disse o primeiro-ministro britânico.
Após uma reunião de crise na sua residência oficial em Downing Street, em Londres, Boris Johnson disse que as sanções serão apresentadas ainda hoje ao Parlamento.
As sanções irão atingir os interesses económicos russos “o mais duramente possível”, disse Johnson, citado pelas agências espanhola EFE e francesa AFP.
Johnson disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, “quebrou completamente o direito internacional” com as suas ações em território ucraniano.
Putin assinou, na segunda-feira à noite, o reconhecimento das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região oriental do Donbass, e ordenou às forças armadas russas que entrassem naqueles territórios ucranianos numa missão de “manutenção da paz”.
A decisão foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
Nesse ano, começou a guerra no Donbass entre separatistas pró-russos apoiados por Moscovo e o exército ucraniano, que provocou, desde então, mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo a ONU.
“Gostaria de salientar que este é apenas o primeiro pacote de sanções económicas do Reino Unido contra a Rússia, pois receio que possamos esperar um comportamento mais irracional por parte da Rússia”, disse Boris Johnson.
O primeiro-ministro britânico insistiu que Putin está “determinado a levar a cabo uma invasão total da Ucrânia” após reconhecer a independência das duas regiões separatistas no leste do país.
Johnson disse que no caso de uma “invasão em grande escala” da Ucrânia e de um ataque à capital Kiev, que o Presidente russo “parece estar a propor”, ninguém deve ter dúvidas de que “é absolutamente vital que esta ação, a conquista de outro país europeu, não seja bem-sucedida e que Putin falhe”.
“Que não haja dúvidas de que se as empresas russas não forem capazes de mobilizar capitais nos mercados financeiros britânicos (...), isso começará a doer”, afirmou Johnson.
O chefe do Governo britânico tenciona fazer uma declaração no Parlamento sobre a crise ucraniana para informar sobre o que está a acontecer no terreno e que medidas o Reino Unido espera tomar.
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há 30 minutosScholz diz que certificação do Nord Stream 2 vai ser suspensa e pediu avaliação sobre alternativas
O jornalista inglês Philip Oltermann escreve no Twitter que o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, garantiu que a certificação do Nord Stream 2 será suspensa e que terá pedido uma nova avaliação sobre como poderá ser feito o fornecimento de energia do país. "A situação mudou fundamentalmente", diz.
Já esta terça-feira o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, tinha exigido a interrupção "imediata" do projeto do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, após a decisão de Moscovo de reconhecer como "repúblicas" duas regiões separatistas no leste deste país. Este gasoduto não afeta, diretamente, o fornecimento de gás a Portugal, mas poderá ter um grande impacto na subida de preços na Europa.
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há 38 minutosDiplomacia de Kiev pede sanções contra a Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse hoje que "chegou o momento de se aplicarem sanções contra a Rússia" na sequência do reconhecimento ilegal das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.
Numa mensagem gravada em vídeo, na capital dos Estados Unidos onde se encontra, o chefe da diplomacia ucraniano referiu que o Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional norte-americanos estão a trabalhar ativamente sobre as questões relacionadas com a segurança ucraniana.
"Estamos concentrados no assunto chave. Estamos a trabalhar na tomada de decisões para conter a Rússia", disse Kuleba, acrescentando que está em contacto com os homólogos dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido e da União Europeia.
Kuleba insistiu que as sanções são fundamentais, frisando que é preciso saber quando aplicar as medidas e qual vai ser o tipo de sancionamento contra a Rússia.
"A nossa posição é clara: chegou o momento de se aplicarem sanções contra a Rússia", disse na mesma declaração.
Acrescentou que a Rússia está a provocar a Ucrânia, mas que o país "demonstra sabedoria e contenção para evitar o confronto armado".
"Na terça-feira (hoje), este trabalho vai continuar e todos vamos trabalhar para protegermos os interesses nacionais da Ucrânia. Esta é a tarefa 'número um'. Mas também há uma tarefa estratégica: encontrar uma solução que seja benéfica para a Ucrânia, na situação atual", afirmou.
Da mesma forma, a Ucrânia pediu formalmente ao "Ocidente" a adoção de "sanções severas" contra a Rússia.
"A diplomacia ucraniana está a trabalhar intensamente nas capitais estrangeiras para que sanções severas sejam impostas contra a Federação Russa", indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgado hoje em Kiev.
Na segunda-feira o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelenski disse que a Rússia violou a integridade territorial da Ucrânia ao reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk.
"A Ucrânia qualifica de forma inequívoca as últimas ações da Rússia como uma violação da soberania e integridade territorial do Estado. Toda as responsabilidades pelas consequências da decisão recaem sobre os dirigentes da Rússia", disse Zelenski num discurso transmitido pela televisão.
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há 49 minutosSíria apoia reconhecimento russo das repúblicas separatistas ucranianas
O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio anunciou hoje, durante uma visita oficial a Moscovo, que o seu país apoia o reconhecimento anunciado pela Rússia das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
"A Síria apoia a decisão do presidente [russo} Vladimir Putin de reconhecer as repúblicas de Lugansk e Donetsk e cooperará com elas", disse Faisal Al Mikdad durante uma conferência organizada pelo centro de pesquisa Valdái Discussion Club, segundo a agência de notícias oficial síria SANA.
Moscovo, que desde 2015 intervém militarmente na Síria a favor do governo de Bashar al-Assad, reconheceu na segunda-feira a independência desses territórios e decretou o envio de soldados, o que desencadeou a rejeição internacional e o anúncio de sanções.
No seu discurso, o chefe da diplomacia síria considerou que o ocidente está a agir "contra a Rússia" de maneira "semelhante" ao que fez "contra a Síria durante a guerra", insistindo na sua retórica de que os Estados Unidos e outros países "apoiam o terrorismo" na nação árabe, segundo a SANA.
“Medidas económicas ocidentais ilegais e coercivas exacerbam o sofrimento do povo sírio e o privam-no das suas necessidades básicas”, concluiu o ministro, relativamente às sanções impostas por Washington, Europa e outros atores internacionais.
A viagem de Al Mikdad a Moscovo, um dos principais aliados do governo sírio, ocorre apenas uma semana depois de o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, se ter encontrado com Al Asad durante uma visita à Síria à frente de uma delegação militar de alto nível.
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há 53 minutos"Por motivos de segurança", diplomatas americanos na Ucrânia vão passar a noite na Polónia
“Por motivos de segurança, os funcionários do Departamento de Estado atualmente em Lviv vão passar a noite na Polónia. O nosso pessoal vai regressar regularmente para continuar o seu trabalho diplomático na Ucrânia e para assegurar serviços consulares de emergência”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
“Eles vão continuar a apoiar o povo ucraniano e o governo ucraniano, coordenando os esforços diplomáticos”, acrescentou. “O facto de estarmos a tomar precauções para o bem dos funcionários do governo dos EUA e dos cidadãos norte-americanos, como fazemos regularmente em todo o mundo, não compromete de modo nenhum o nosso apoio e o nosso compromisso para com a Ucrânia", garantiu Blinken.
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há 1 horaPetróleo Brent continua a subir e ultrapassa os 99 dólares. Tensão entre Rússia e Ucrânia pode fazer o 'barril' chegar aos três dígitos
O preço do petróleo Brent para entrega em abril continuou hoje a forte tendência ascendente, tendo atingindo 99,01 dólares, mais 3,79% do que no fecho de segunda-feira.
Este aumento, que reflete a subida das tensões na Ucrânia, significa que o petróleo está ao mais alto nível desde 2014.
O ouro negro está a subir devido aos receios dos mercados de que a crise entre a Rússia e a Ucrânia possa perturbar o abastecimento de petróleo.
A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo depois da Arábia Saudita, mas também o maior produtor de gás natural.
Nos EUA, o petróleo WTI (West Texas Intermediate), que não foi negociado na segunda-feira devido ao feriado nacional dos EUA do Dia do Presidente, aumentou hoje mais de 3% antes da abertura oficial do mercado.
Analistas consultados pela Lusa anteciparam em 14 de fevereiro que o preço do barril de petróleo Brent pudesse ultrapassar a barreira dos 100 dólares a curto prazo.
"De facto, existe a possibilidade de o petróleo vir a atingir três dígitos, se o conflito entre a Rússia-Ucrânia se intensificar nos próximos dias e se não surgirem novos desenvolvimentos em torno das negociações", disse o analista Henrique Tomé, da corretora XTB, em declarações à Lusa.
Ricardo Marques, analista da IMF - Informação de Mercados Financeiros, explicava que, aliado à tensão entre a Ucrânia e a Rússia, a OPEP e os seus aliados estarem a produzir abaixo do estabelecido nas últimas reuniões, a produção dos EUA continuar "muito abaixo dos níveis a que se produzia antes da pandemia" e o consumo de combustíveis ter vindo "a subir à medida que as restrições associadas à pandemia vão sendo levantadas", tem influenciado o aumento dos preços.
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há 1 horaUcrânia exige interrupção 'imediata' do gasoduto Nord Stream 2
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, exigiu esta terça-feira a interrupção "imediata" do projeto do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, após a decisão de Moscovo de reconhecer como "repúblicas" duas regiões separatistas no leste deste país.
"Concordamos sobre a necessidade de impor sanções imediatas contra este novo ato de agressão contra a Ucrânia", declarou Zelensky, numa conferência de imprensa ao lado de seu homólogo da Estónia, Alar Karis.
"Essas sanções devem incluir a interrupção total do Nord Stream 2", acrescentou, referindo-se ao gasoduto que está concluído, mas que ainda não entrou em operação, estando à espera da luz verde da Alemanha.
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há 1 horaRússia partilha no Twitter imagem com exemplos de "pretextos fabricados" pelos EUA para agredirem outros Estados
The destruição da cidade San Juan del Sur, em Nicarágua, coligação internacional que interveio na Síria. Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia partilha imagem com vários exemplos de "pretextos fabricados" pelos Estados Unidos da América para agredirem outros Estados soberanos.
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há 2 horasSanções? "Sabemos que serão impostas de qualquer maneira. Com ou sem motivo", diz MNE russo
"Os nossos colegas europeus, americanos e britânicos não vão parar e não se vão acalmar até que tenham esgotado todas as possibilidades para a chamada “punição da Rússia”. Eles já nos estão a ameaçar com todo tipo de sanções ou, como dizem agora, “a mãe de todas as sanções”. Bem, estamos acostumados a isso. Sabemos que as sanções serão impostas de qualquer maneira, em qualquer caso. Com ou sem motivo", disse esta terça-feira Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
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há 2 horas
Agendada para o dia 28 de maio de 2022, na cidade russa de São Petersburgo, a final da Liga dos Campeões pode vir a ser albergada por outra cidade europeia. Se nas últimas duas edições o encontro que decidiu o clube campeão europeu saiu de Istambul, na Turquia, para Lisboa (2020) e Porto (2021) por razões ligadas à pandemia provocada pelo novo coronavírus, desta feita as razões são de ordem bélica.
De acordo com o Daily Star, a UEFA está a ponderar mudar o palco da final depois de, na noite de segunda-feira, Vladimir Putin ter ordenado a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes.
Em cima da mesa estará uma mudança para Wembley, em Londres.
Recorde-se que em 2021 a final foi alterada para o Estádio do Dragão a apenas três semanas do encontro decisivo. Caso as fases finais da competição sejam dominadas por equipas inglesas, e a situação entre Ucrânia e Rússia não se alterar, a tese poderá ganhar mais força.
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há 2 horas
O preço do petróleo volta a subir devido ao aumento das tensões na Ucrânia, depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter reconhecido a independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
Na segunda-feira, a cotação do barril terminou em alta de 1,89%, para os 95,39 dólares.
Nos EUA, o Texas Intermediate Oil (WTI), que não foi negociado no dia anterior por ser feriado, sobe mais de 3% antes da abertura oficial do mercado.
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há 2 horasPresidente da Ucrânia espera apoio “claro” e “eficaz” do Ocidente face à Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que espera um apoio “claro” e “eficaz” do Ocidente face à Federação Russa, em reação ao reconhecimento da independência dos territórios separatistas e subsequente envio de tropas por Moscovo.
Para Zelensky, este reconhecimento russo da independência das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk é uma violação da soberania da Ucrânia.
O chefe do Estado ucraniano garantiu ainda que, face à Federação Russa, “não tem medo de nada nem de ninguém”.
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há 2 horas"A invasão da Ucrânia começou", diz ministro da Saúde do Reino Unido
Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, disse esta manhã à Sky News que a invasão da Rússia à Ucrânia começou na noite passada com as palavras de Vladimir Putin.
"Estamos a acordar num dia muito sombrio na Europa e fica claro pelo que já vimos e descobrimos hoje que os russos, o presidente Putin, decidiram atacar a soberania da Ucrânia e a sua integridade territorial”, começou por dizer Javid.
O governante relembrou que Putin "reconheceu essas regiões separatistas do leste da Ucrânia e pelos relatórios já podemos dizer que ele enviou tanques e tropas". "A partir disso, podemos concluir que a invasão da Ucrânia começou", sublinhou.
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há 3 horasDepois das palavras de Putin, as sanções do ocidente
Esta terça-feira deverá ficar marcada por uma série de sanções aplicadas à Rússia, após o anúncio de Vladimir Putin na noite de segunda-feira.
Enquanto se aguarda o próximo passo russo - provavelmente, no terreno e pela força das armas - o Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve reunido na noite de segunda-feira (já madrugada de terça-feira em Portugal) para uma reunião de emergência sobre a situação da Ucrânia, a pedido de Kiev, Estados Unidos, México e cinco países europeus.
Também hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se esta manhã para debater as sanções a aplicar à Rússia.
Aproveitando a presença em Paris de quase todos os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu, Josep Borrell, alto responsável para a Política Externa e Segurança da UE, disse que convocou para hoje à tarde um Conselho informal "que vai tomar as decisões políticas sobre a resposta europeia" que "evidentemente vão ser sob a forma de sanções".
"Os ministros vão discutir a minha proposta", disse Josep Borrell acrescentando que as "sanções são uma competência do Conselho" da União Europeia.
"Já estamos a trabalhar na preparação dos textos e, esta tarde o Conselho vai decidir as sanções", afirmou Borrell apesar de ter salvaguardado que "tal não significa que hoje se venham a tomar todas as decisões".
"Vamos tomar as decisões de urgência, a resposta imediata", declarou não especificando que tipo de sanções podem vir a ser aplicadas.
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há 3 horasA noite que tirou o sono ao mundo. O que aconteceu?
- Na noite de segunda-feira, 21 de fevereiro, Vladimir Putin rasgou os Acordos de Minsk e reconheceu os regimes separatistas de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, e ordenou a mobilização de tropas russas nestes territórios, sob pretexto da "manutenção da paz".
- A Rússia é considerada a instigadora do conflito no leste do território ucraniano e a patrocinadora dos separatistas, tendo a guerra eclodido há oito anos, na sequência da anexação russa da península ucraniana da Crimeia, após a chegada ao poder de pró-ocidentais em Kiev, no início de 2014.
- Por seu lado, Moscovo acusa as autoridades ucranianas de minar os acordos de paz de Minsk sobre o conflito que opõe a Ucrânia aos separatistas pró-russos, datados de 2015. Na reunião do conselho de segurança russo, em que Putin anunciou ontem o reconhecimento dos territórios separatistas, o presidente russo afirmou que não existe qualquer perspetiva de aplicação desses acordos, acusando novamente Kiev de os sabotar. “Vemos bem que eles não têm absolutamente qualquer hipótese”, sustentou.
- O líder russo assegurou também que tomará medidas para garantir a segurança da Rússia perante a recusa dos Estados Unidos e da NATO em abordar as suas preocupações de segurança e renunciar à Ucrânia o direito de fazer parte da Aliança Atlântica no futuro. "Basta olhar para o mapa para ver como os países ocidentais cumpriram a sua promessa de não permitir que a NATO se expandisse para o leste", vincou.
- Em Washington, o Departamento de Estado norte-americano condenou hoje "fortemente" a decisão da Rússia de reconhecer a independência dos territórios separatistas no Donbass ucraniano, avaliando que se trata de um "claro ataque à soberania e integridade territorial" da Ucrânia. Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, indicou que a decisão de Moscovo representa "uma rejeição completa dos compromissos da Rússia sob os acordos de Minsk", "contradiz diretamente o compromisso com a diplomacia reivindicado pela Rússia", e é um "claro ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia".
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