MONTEPIO
Nos próximos seis meses, as agências bancárias do Montepio deverão passar a ter outra designação. Por imposoição do Banco de Portugal, a Montepio Geral Associação Mutualista terá de separar a sua marca da do banco de que é dona, a Caixa Económica Montepio Geral. A mudança é assumida na entrevista concedida esta quarta-feira pelo líder do banco, José Félix Morgado, ao Jornal de Negócios. "É um tema que tem de ser estudado porque a marca Montepio tem um grande valor de mercado. É, por outro lado, um dos grande ativos que permite identificar os clientes com a associação mutualista, casa-mãe e com a caixa económica. Parece mais provável que a adaptação seja feita ao nível da caixa económica". Conforme o CM revela esta terç-feira, a Associação Mutualista Montepio, dona do banco Montepio, apresentou prejuízos de 251 milhões de euros nas contas consolidadas de 2015 e apresenta um buraco nos capitais próprios de 107 milhões de euros. As perdas registadas com o Montepio e com as seguradoras do grupo levaram a casa-mãe a registar imparidades de 350 milhões de euros. Na entrevista ao Jornal de Negócios, Félix Morgado desvaloriza as dificuldades financeiras da instituição e elenca as medidas que estão a ser tomadas para reforçar a solidez financeira do banco: a transformação em sociedade anónima - cujo único acionista será a associação mutualista; a venda de crédito malparado no valor de mil milhões de euros; a continuação do processo de venda de imóveis e a redução da exposição da instituição ao Finibanco de Angola e ao Banco Terra, de Moçambique.
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