RÚSSIA - E.U.A.

15-02-2017 13:19

mbros da administração de Donald Trump avançaram esta terça-feira ao "New York Times" que foi concluído que a Rússia avançou com a instalação de um sistema de mísseis-cruzeiro em violação de um tratado de controlo de armas assinado com os Estados Unidos na reta final da Guerra Fria.

A alegada violação acontece num momento de profundas suspeitas sobre alegadas ligações do novo governo norte-americano às autoridades russas, que esta semana conduziram à primeira baixa da administração Trump, acompanhada de notícias sobre contactos recorrentes entre membros da equipa do Presidente e figuras do governo de Vladimir Putin durante o ano que precedeu as eleições presidenciais de novembro.

Há três anos, a administração Obama tinha acusado os russos de violarem o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), assinado em 1987, com um teste de mísseis-cruzeiro como aquele que agora, e segundo as fontes citadas pelo "New York Times", já está totalmente operacional. Funcionários do governo federal já antecipavam que o governo russo fosse autorizar um novo teste apesar dos esfoçros diplomáticos do anterior governo para que Moscovo corrigisse essa violação.

Pelo timing dos acontecimentos, a violação do INF representa um grande desafio à nova administração norte-americana, numa altura em que crescem as suspeitas sobre ligações duvidosas de pessoas próximas do Presidente dos EUA à Rússia de Putin. Moscovo continua a desmentir ter violado o tratado em questão. Mas fontes do governo Trump garantem que as agências secretas concluíram que o míssil russo foi testado e ficou operacional no final do ano passado, semanas antes de o empresário tomar posse como 45.º Presidente dos Estados Unidos.

Outra fonte oficial avançou entretanto que, a 10 de fevereiro, vários aviões militares russos se aproximaram perigosamente de um contratorpedeiro da Marinha norte-americana que está estacionado no Mar Negro, incidentes que essa fonte diz serem "inseguros e pouco profissionais". O Ministério da Defesa russo também desmente essa informação, oficialmente confirmada por Danny Hernandez, porta-voz do Comando EUA-Europa. A fonte fala em três incidentes distintos a envolver o USS Porter e aviões russos. "Tais incidentes são preocupantes porque podem resultar em acidentes e erros de cálculo."

As duas notícias surgem depois de o general Michael Flynn ter sido forçado a demitir-se do Conselho de Segurança Nacional, 24 dias depois da tomada de posse de Trump, por não ter revelado ao vice-presidente Mike Pence o conteúdo de conversas telefónicas mantidas com o embaixador da Rússia nos EUA em Dezembro.

IN EXPRESSO