O chefe dos serviços secretos noruegueses garantiu hoje que está tudo pronto, do ponto de vista operacional, para um amplo espetro de operações militares russas na Ucrânia, sublinhando que a decisão do que acontecerá pertence agora ao Kremlin.
Os russos “têm tudo o que precisam para realizar o que quiserem – desde uma pequena invasão no leste ou pequenos ataques em toda a Ucrânia, até a uma invasão completa ou uma ocupação de toda a Ucrânia ou de partes” do país, afirmou o vice-almirante Nils Andreas Stensønes.
“Agora cabe ao presidente [russo, Vladimir] Putin escolher se quer ou não avançar”, acrescentou.
O responsável norueguês fez estas declarações durante a apresentação da avaliação anual dos principais serviços de segurança noruegueses sobre os riscos que ameaçam o país escandinavo, membro da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Segundo Stensønes, “mais de 150.000 militares russos” estão atualmente concentrados perto das fronteiras com a Ucrânia, assim como “as armas mais avançadas” que a Rússia detém e toda a logística necessária.
“É muito difícil dizer se (uma ofensiva) é provável ou improvável porque cabe exclusivamente ao Presidente russo tomar a decisão”, reiterou.
Segundo o Ocidente, a Rússia está a preparar uma invasão ao país vizinho, o que Moscovo nega.
Desde 2014, o leste da Ucrânia está envolvido numa guerra entre forças de Kiev e separatistas pró-Rússia, dos quais o Kremlin (a presidência russa) é patrocinador militar e financeiro.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, voltou a alertar hoje para o “risco real de um novo conflito armado” na Europa por causa da Rússia, enquanto o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, considerou que a Rússia pode invadir a Ucrânia “a qualquer momento”.
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